Archive for the ‘ Automação Industrial ’ Category

Uma retomada nas atividades

E ai galera!!! Tudo beleza? Faz tempo que não posto conteúdo para vocês né? Sei que estou em dívida com vocês. Mas pretendo voltar aos poucos a alimentar o blog com conteúdos novos. Continue lendo

Dúvida do leitor: Correção do fator de potência

Nosso querido leitor Marcos Cruz me deixou uma dúvida bastante pertinente a respeito da correção do fator de potência. Desde já quero agradecer a ele por participar do Engenheirando deixando seus comentários e dúvidas… Valeu Marcos!!! 😉

Esse tema sempre gera muitas dúvidas na cabeça das pessoas. Então, para começar, vamos tentar entender o que diacho é fator de potência.

Se formos pensar nos componentes passivos que fazem parte dos nossos circuitos elétricos e eletrônicos, vamos nos deparar com três tipos distintos: os resistores, os capacitores e os indutores. Dois desses três acabam se comportando como “armazenadores de energia”: os capacitores retêm carga elétrica enquanto os indutores retêm campo magnético. Já os resistores não armazenam nenhum tipo de energia.

A parte interessante no assunto é que para que os capacitores e os indutores armazenem essa energia, eles consomem um tipo de potência chamada Potência Reativa, que é representada pela letra Q e sua unidade é o VAr (volt ampére reativo). O problema é que esse tipo de potência não gera trabalho, ou seja, ela simplesmente carrega o capacitor e energiza o indutor, mas esse “carregamento” e “energização”, para nós, não podem ser empregados em absolutamente nada. Eu costumo dizer que nada é 100% perfeito (apenas Deus) e como diz meu amado e admirado Profº Bassani, “ninguém dá sanduiche de graça para ninguém”. Se você quer utilizar as propriedades dos capacitores e indutores você terá que pagar por elas, e o preço é a Potência Reativa.

Mas nem tudo está perdido! Existe uma potência boazinha e menos mercenária… rsrsrs… A potência que realmente gera trabalho (acende a lâmpada, gira o motor, aquece o calefator, …) é chamada de Potência Ativa que é representada pela letra P e tem como unidade o W (watt). É por isso que nossa “conta de luz” é dada em KWh (quilowatts hora ou mil watts hora). A concessionária cobra aquilo que realmente utilizamos.

A partir daí, podemos relacionar essas duas potências representando-as como dois vetores perpendiculares entre si. Esses vetores formam o famoso “Triângulo das Potências” que pode ser visto abaixo.

Mas espera ai!!! O que é essa tal de Potência Aparente que apareceu no triângulo? Pois é… ela nada mais é do que o vetor resultante entre as Potências Reativa e Ativa. Ela é a potência que a concessionária fornece. É representada pela letra S e sua unidade é o VA (volt ampére).

Outra personagem nova que acabou de entrar em cena: o φ. Ele é o ângulo de inclinação da resultante. E é esse ângulo que acaba saindo como o vilão do fator de potência. Vamos entender por que… Este ângulo representa a relação entre Q e P. Quanto menor for a Q menor será φ e mais parecido com P a S será (É isso o que queremos). Então, o fator de potência é apenas o número que representa “quão pequeno é Q em relação a P”. Esse número é obtido a partir do cosseno do ângulo φ e, portanto, pode variar entre 0 (zero) e 1 (um).

Bom, para ficar mais fácil de entendermos esse troço todo, vamos imaginar uma empresa que possui muitos motores (alta carga indutiva). Para alimentarmos esses motores vamos precisar de Potência Reativa para energizar os seus indutores e Potência Ativa para fazê-los girar. Então a concessionária de energia nos “fornece as duas potências”. Mas vocês concordam comigo que não é vantagem nenhuma para as usinas geradoras de energia elétrica ficarem produzindo Reativa já que ela não é realmente utilizada? Aí é que entram os capacitores.

Como a maior parte das coisas nessa vida tem o seu antônimo, os capacitores e os indutores não ficariam de fora. Um é o antônimo do outro, assim como a derivada é o da integral e a raiz quadrada é o do elevado ao quadrado e o Ln é o do exponencial e o escuro é o do claro e… (Nossa! Agora eu me empolguei… :D).

Assim, se num circuito indutivo você adiciona alguns capacitores, ambos se “anularão” mutuamente fazendo com que a Potência Reativa consumida seja minimizada. Numa explicação mais correta, eu diria o seguinte: o módulo da Potência Reativa consumida pelo indutor é negativo e a do capacitor é positivo, então a somatória deles dois acaba reduzindo o valor da Reativa resultante. (A dedução desses negativos e positivos ficará para outro post… ;)).

Agora, olha que legal! Se eu reduzo Q, S fica bem parecido com P, φ diminui e o fator de potência fica bem próximo de 1. Em outras palavras, a concessionária passa a enviar “apenas” a potência que realmente utilizamos para gerar trabalho. Atualmente o menor fator de potência admitido pelas concessionárias é de 0,92.

Bom, agora que a gente sabe todo esse lance do fator de potência, é que vem a pergunta do Marcos. Ele perguntou a respeito de colocarmos os capacitores em paralelo com o circuito. Vamos pensar no seguinte: se colocarmos os capacitores em série com o circuito, eles formarão um divisor de tensão e isso não é interessante. A minha carga precisa da tensão nominal dela para trabalhar apropriadamente. Assim, todo o cálculo do banco de capacitores que serão instalados na fábrica deve ser feito considerando que essa nova impedância (os capacitores) será instalada em paralelo com o circuito.

Bom pessoal, é isso. Espero que não tenha ficado muito confuso de entender esse assunto.

Para as próximas semanas estarei providenciando um post explicando como fazer o cálculo da capacitância necessária para corrigir determinado fator de potência.

Abraços e até o próximo tutorial.

Será o fim do S7-200?!

Como muitos de vocês já sabem, sou professora nos cursos de engenharia das Faculdades Einstein de Limeira.

Nesta semana, a faculdade está promovendo um ciclo de palestras para os alunos do curso de engenharia elétrica. Além das palestras, algumas empresas do ramo elétrico têm exposto seus produtos aos nossos alunos. E uma dessas empresas é a Siemens.

Conversando com o representante que esteve conosco ontem, o Thiago, soube que a Siemens lançou uma nova linha de PLCs, esse bonitão aí em baixo: o Simatic S7-1200.

SIMATIC s71200 Web

Segundo o Thiago, este será o sucessor do S7-200.

Algumas vantagens dele:

– Processamento mais rápido do que o do S7-200

– Memória mais flexível

– Profinet integrada

O Thiago comentou também que a ferramente de programação dele é o Step 7. Na hora que ele me disse isso acabei me impolgando pois um software só programando todas as CPUs seria uma mão na roda! No entanto, lendo o site da Siemens, vi que o ferramenta de programação é o Step 7 Basic, ou seja, meu sonho de uma ferramenta unificada foi por água a baixo.

Mesmo com o lançamento desta nova linha, acredito que não nos livraremos tão cedo do S7-200. Até hoje não conseguimos nos livrar do S5, que parou de ser fabricado quando eu estava entrando na adolescencia!!! :D… Acho que o S7-200 acabará seguindo a linha do S5.

Ainda não sei muito a respeito desta nova CPU… mas assim que tiver mais informações conto pra vocês.

Se vocês quiserem acessar a página do produto na Siemens é só clicar aqui.

Abração a todos.

Como proteger placas eletrônicas expostas a ambientes agressivos

O processo produtivo de algumas empresas libera no ambiente componentes corrosivos e toxicos que podem danificar e prejudicar o funcionamento dos equipamentos presentes nesse ambiente. Um bom exemplo a citar neste contexto é o das empresas no ramo de celulose e papel, que utilizam ácido sulfúrico em determinada fase do seu processo de fabricação.
Quando eu trabalhava com manutenção preventiva e corretiva, atendia um cliente de Canoinhas-PR que atuava nesse ramo e que foi o foco de um case muito interessante.
Frequentemente ele enviava para conserto cartões de I/O e CPUs de PLCs, fontes, inversores de frequência e soft starters cujas placas apresentavam suas trilhas severamente corroídas. Em alguns casos, sequer era possível reparar os equipamentos tamanha eram os danos causados pela atmosfera agressiva a que tinham sido submetidos.
No entanto, um dos serviços que a empresa onde eu trabalhava oferecia, era o de aplicação de uma espécie de verniz, chamado Conformal Coating (R), em placas eletrônicas. Esse produto protege a placa contra a corrozão além de evitar danos causados por particulas que possam eventualmente se depositar sobre ela.
Percebendo que essa seria uma solução interessante para diminuir o índice de quebra de equipamentos desse meu cliente, apresentei a ele o produto e propus um teste onde aplicariamos o verniz em algumas placas que ficavam localizadas nos setores mais críticos da planta. E ele abraçou a idéia.
O resultado foi excelente!!! Tão excelente que, na primeira parada geral da fábrica, ele enviou todas os equipamentos que ficavam expostos a corrozão para que aplicassemos o Conformal Coating.
Tudo bem que eu quase perdi o cliente, uma vez que as placas dele praticamente deixaram de apresentar problemas… Rsrsrs. Mas foi extremamente gratificante ir além do meu “servicinho” que era o de consertar os equipamentos do cliente. Foi muito bom mostrar para ele que estavamos tratando com atenção o seu problema e que nos dispusemos a encontrar uma solução para ele. A satisfação dele que foi imensa.
Bom, para quem tem problemas parecidos com os desse meu cliente e quiser o contato da empresa que presta o serviço de aplicação desse verniz, é só entrar em contato comigo para que eu possa passar todas as informações necessárias. Apesar de eu não trabalhar mais lá, indico os serviços dessa empresa pois todos eles são realizados com extrema competência e responsabilidade.
Que vocês tenham uma semana maravilhosa!
Beijos e até a semana que vem com mais um post saindo quentinho do forno. 😉

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